quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Radicais livres atuando na isquemia

Os radicais livres podem agir no processo de isquemia, que consiste na falta de suprimento sangüíneo para um tecido orgânico e, por consequência, falta de oxigenação do tecido ou orgão (um exemplo é o infarto do miocárdio ou AVC). Se o fluxo sanguíneo não for reestabelecido, os níveis de ATP caem e se tornam insuficientes para a manutenção da integridade da estrutura celular, surgindo sinais de degeneração do tecido.

Os tecidos mantidos em isquemia, quando reperfundidos, apresentam um agravo da lesão, esse aparente paradoxo tem sido explicado pela formação de radicais livres de oxigênio a partir das primeiras moléculas de O2 que chegam aos tecidos após o restabelecimento do fluxo sangüíneo. A formação desses radicais é facilitada pela presença, no tecido isquêmico, de grande quantidade de xantina oxidase, originada da xantina desidrogenase por ação de proteases durante a hipóxia. A xantina oxidase transforma oxigênio em superóxido (O2۠P), do qual se originam outros radicais capazes de fazer a lipoperoxidação das membranas produzindo lesões irreversíveis.

Na reperfusão há aumento da produção de radicais livres provocado pela ativação de macrófagos e neutrófilos, ação da xantina oxidase, conversão da adenosina a xantina e hipoxantina e conversão de óxido nítrico a peróxinitrito. Os antioxidantes endógenos (superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase) resistem aos danos provocados pelos radicais livres gerados no metabolismo.

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