quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Um outro lado....

Assim como o superóxido é usado para combater invasões de microorganismos no corpo, ele também pode degradar partes do nosso próprio organismo. Ele como um radical livre pode causar problema se não for eliminado quando em excesso, já que oxida proteínas, lípideos e ácidos nucléicos, e afetam as membranas. Membranas danificadas implicam em lesão ou mesmo morte celular. A presença de um único elétron na órbita mais externa torna a molécula altamente reativa e instável , participando de reações com compostos orgânicos e inorgânicos degradando-os. Esse processo ocorre “em cascata”, sendo por si só um estímulo para maior produção de novos radicais livres, acarretando a injúria de outras moléculas. Oxidação de LDL, câncer e envelhecimento são consequências do excesso de radicais livres.
Por isso o organismo mantêm uma extensa rede de proteção , que inclui enzimas, coenzimas e nutrientes. Há também medicamentos que façam papel de antioxidante. Antioxidantes são moléculas que se oxidam facilmente, logo, reagem prontamente com os radicais livres, antes que possam lesar partes do organismo.
A rede de antioxidantes geralmente controla a população de espécies reativas, assegurando que esses radicais sejam adequadamente depurados. Entretanto, certas condições como luz ultravioleta, fumaça de cigarros, nutrição pobre em beta-carotenos, ácidos graxos poliinsaturados cis e vitaminas antioxidantes podem causar stress oxidativo, uma condição na qual a concentração de radicais se faz tão alta que a rede de proteção do corpo torna-se incapaz de lidar com toda a carga de radicais livres. Infarto agudo do miocárdio, câncer de pulmão, câncer de pele, envelhecimento precoce, lesão celular por reperfusão são algumas das conseqüências desse stress oxidativo.
No caso do superóxido, a principal defesa é a superóxido dismutase (SOD):

2 O2 + 2 H+ --------------- O2 + H2O2

A dismutação é uma reação na qual 2 moléculas idênticas são transformadas em compostos diferentes. No caso da SOD, um íon superóxido oxida o outro, gerando O2 (normal) e água oxigenada (O2 + 2 eletrons excedentes). Superóxido dismutase é decisiva quanto à proteção contra a toxicidade pelo oxigênio e seus radicais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Uma das funções do superóxido no organismo

Uma das funções do superóxido em um organismo vivo é a de ser utilizado pelo sistema imunológico na eliminação de microorganismos que possam invadir o organismo, isso devido a toxicidade do superóxido. Ele é produzido pelos fagócitos através da enzima NADPH oxidase, sendo então utilizado na degradação das bactérias fagocitadas. Inclusive existe uma doença ( granulomatose crônica) que é causada por uma mutação no gene que codifica a enzima produtora do superóxido, o que torna o portador da doença muito propício a infecções.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Primeira postagem


Como é a primeira postagem do blog será breve, e dará uma breve introdução a molécula ânion superóxido.
O ânion radical superóxido, ou apenas superóxido, de fórmula química O2•-, é uma éspécie reativa de oxigênio. O superóxido atua normalmente como uma agente oxidante muito poderoso e é produzido em sistemas vivos.
O superóxido é uma espécie radicalar, já que possui um elétron desemparelhado, assim como mostra a imagem, existem os 6 eletrons de valência de cada átomo de oxigênio (em preto), sendo dois compartilhados na forma de uma ligação covalente, e também possui um elétron que confere a carga negativa ao superóxido (em vermelho